segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dom Javier emite comunicado sobre o significado da "paz " na Missa - 15/08/2014
Dom Francisco Javier Delvalle Paredes
Por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de Campo Mourão

Campo Mourão, 15 de agosto de 2014

Comunicado ao Clero e a todo o Povo de Deus 
da Diocese de Campo Mourão
sobre o “significado da paz na Missa”

1. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em Carta Circular datada de 8 de junho de 2014, forneceu informações atualizadas acerca do rito da paz inserido no ordinário da Missa. Com efeito, os debates do Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia celebrado em 2005 e a Exortação Apostólica Sacramentum caritatis que a ele se seguiu (22 de fevereiro de 2007), havia aberto a reflexão sobre o melhor momento para a execução do rito da paz durante a Celebração Eucarística.

2. Tendo consultado as múltiplas conferências episcopais nacionais, o referido Dicastério concluiu manter o rito da paz no lugar já consagrado pelo uso tradicional. Isso por se tratar de “uma característica do rito romano e para não permitir aos fiéis introduzirem mudanças estruturais na Celebração Eucarística”.

3. Assim sendo, após recordar alguns aspectos basilares do significado que a “paz” possui para a tradição cristã sob viés cristológico, a Carta Circular solicita que através da catequese litúrgica as comunidades sejam formadas para o real e verdadeiro sentido do rito da paz. Deste modo, pede sejam evitados os seguintes desvios:

- A introdução de um “canto para a paz”, inexistente no Rito romano.

- Que os fiéis se desloquem para saudar-se na paz.
- Que o sacerdote desça do presbitério para oferecer a paz a alguns fiéis.

- Que em algumas circunstâncias, como na solenidade de Páscoa ou do Natal, ou durante celebrações rituais, como o Batismo, a Primeira Comunhão, a Confirmação, o Matrimônio, as Ordens sagradas, as Profissões religiosas ou as Exéquias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitações ou manifestação de condolências entre os presentes.

4. “A paz, fruto da Redenção que Cristo trouxe ao mundo com sua morte e ressurreição, é o dom que o Ressuscitado segue oferecendo hoje a sua Igreja, reunida para a celebração da Eucaristia, de modo que possa testemunhá-la na vida de cada dia”. À Igreja, comunidade da Nova Aliança foi entregue a paz como herança do Senhor e dom a ser constantemente atualizado no mundo por meio da missão dos batizados.

5. “Ele é a nossa paz” (Ef 2,14). Assim a carta aos Efésios define Jesus Cristo. Se no Batismo somos incorporados a Cristo e, portanto, n’Ele configurados, então precisamos ser também mensageiros da paz, celebrada na Eucaristia e operada na vida cotidiana.

6. Comungando com as disposições emanadas na citada Carta Circular, peço sejam seriamente observadas pelas comunidades eclesiais presentes na Diocese de Campo Mourão. Com isso, estreitaremos os laços de unidade com a Igreja Romana, aquela que preside as demais na caridade. Estaremos, ao mesmo tempo, dando feliz impulso à espiritualidade e sensibilidade litúrgica do Povo de Deus a nós confiado.

7. Certo de que esta orientação da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos encontrará atenção por parte do Clero e de todos os que, de forma ou outra possuem responsabilidade pastoral em nossas comunidades, invoco sobre vós a bênção divina em abundância.

Francisco Javier Delvalle Paredes
Bispo de Campo Mourão 

Fonte: http://www.diocesecampomourao.com.br

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